segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Olho vivo

Imagem original. historianovest


Portugal durante muito tempo foi e ainda é um cantinho do céu, mas com a “CRISE” esse sossego está acabando.
O desemprego, os trabalhos precários, à corrupção, os baixos ordenados, perca de poder de compra, a emigração clandestina, são factores que levam cada vez mais os portugueses a pensarem na sua segurança.
Com o aumento da criminalidade, os portugueses preferem cada vez mais a segurança da cidade e de preferência condomínios fechados, ou viverem longe dos condomínios sociais e bairros problemáticos.
Para se ter qualidade de vida e alguma segurança é preciso ter algum dinheiro, pois só o dinheiro consegue selecionar a qualidade de compra ou a construção de um imóvel num bairro devidamente escolhido.
Nestes últimos anos, os assaltos e crimes cometidos em residncias afastadas da cidade subiram grandemente e tornaram-se uma boa aposta para os criminosos que se sentem protegidos pela distância dos centros.
O factor medo faz com que aumentem à procura de apartamentos nos condomínios residenciais e reflete também a insegurança das grandes cidades.
Dentro de poucos anos, a tendência da construcção em Portugal passará pela construção de grandes condomínios fechados: Será um excelente investimento para os construtores, pois aqui surge uma selecção natural para quem tem dinheiro e procuram segurança e conforto.
No Brasil, os condomínios residenciais trazem mais conforto e comodidade.
Os serviços, as áreas de lazer como as academias de ginásticas, piscinas e saunas e ainda algum comércio de qualidade como cabelereiras, pequenas clínicas de saúde e ainda a disposição de espaços verdes pertencentes ao condomínio, fazem com que o “RESIDENTE” nem precisa sair de casa.
Essa tendência expandiu-se principalmente pelo trânsito complicado das grandes cidades, a violência e o ritmo de vida acelerado.

terça-feira, 20 de julho de 2010

A diferença

A Diferença

Andei tão envolvida num projecto intercontinental que nem tive tempo para me perder em confidências. É absolutamente envolvente trabalhar com pessoas de outras culturas. A maneira de ver as coisas e as suas formas de estar dão-nos uma perspectiva do conhecimento completamente diferente.



O nosso adorado Portugal ainda se prende a títulos e não a competências. Que erro tão grande, que pequenez de espírito! E não me venham dizer que isso é coisa do passado, porque as pessoas ainda se medem pelos títulos e não pelo seu saber.



Diplomas, títulos, presunções, conhecimentos aprendidos á pressa, habilitações de papel - conhecimentos que é bom...NADA!bsolutamente ridículo.

É a diferença...por isso somos tão ridiculamente pequenos...

Publicada por katwoman

quarta-feira, 21 de abril de 2010

Brasil e Portugal

Brasileiros e Portugueses críticas e pensamentos

Moro em Portugal, aqui no Distrito de Santarém têm mais de 7.000 brasileiros legais e outro tanto ilegal.

Nestes 20 anos de residência, apercebemos das igualdades e diferenças entre um povo e o outro.

È fundamental que nós brasileiros e portugueses olhemos para trás e reflictamos sobre as nossas origens.

Muitas vezes seja lá ou cá encontramos pessoas que nos olham como seres inferiores, pessoas que nos tratam de forma xenófoba. É um erro:

Nós brasileiros somos um povo com muitas misturas cuja genética principal é a dos portugueses e africanos, lembramos que os portugueses quando chegaram ao Brasil tiveram logo que trazerem os escravos, pois não conseguiram escravizar os índios, preferindo estes morrerem do que se deixarem escravizarem.

Brasil e Portugal

Os portugueses, fossem do povo ou de estatutos sociais elevados, todos gostavam de ter uma escrava para satisfazer as suas necessidades sexuais, seja ela preta ou índia.

A história portuguesa no Brasil e em África assenta em cima de muita traição e infidelidades. Infidelidades esta que atingiram gravemente o estatuto de muitas boas famílias reais. Todos aqueles princípios que a moral e a religião invocam, se perderam no meio de pernas torneadas de belas mulheres negras, cujos ventres deram filhos bastardos não assumidos pelos reais progenitores.

É assim durante os primeiros séculos da história da miscigenação brasileira. Os portugueses andaram pelo Mundo, enquanto suas mulheres lutavam pela sobrevivência em Portugal, criando filhos de pais ausentes, trabalhando duro no campo de baixo do frio e do sol, fazendo o trabalho de pedreiros e etc.

Durante esse tempo, muitas dessas belas mulheres sacrificaram sua beleza em prol da sobrevivência e da dignidade dos bons costumes morais e religiosos, beleza esta que foi se perdendo através do trabalho duro e que lhes deram um ar másculo e perda de parte da sua feminilidade.

Brasil e Portugal

Os portugueses e os espanhóis quando chegaram aos países de climas tropicais, encontraram belas mulheres nuas e semi-nuas que cheiravam a mato e a flores, mulheres sem qualquer maldade sexual, viviam nuas em sociedade, em comunidades e em família.

Quando soltamos uma égua á frente de um cavalo, o cavalo fica doido e não descansa enquanto não se puser em cima da égua e assim foi o mesmo com os Europeus é claro que esta parte da história não interessa ser documentada, afinal somos seres racionais; o resto se advinha.

Quando vivia no Brasil, lembro-me que os portugueses até ao início dos anos 80 eram ridicularizados. Um bocado por culpa deles, pois havia muitos hábitos trazidos de Portugal.

Brasil e Portugal

No Rio de Janeiro, os portugueses foram trabalhar naquilo em que eles eram melhores: Ou seja, o comércio.

Eles foram responsáveis pelo desenvolvimento dos cafés, padarias, açougues ou talhos, botequins, papelarias e pequenos comércios de artigos de necessidade.

O problema é que a maioria dos portugueses que enriqueceram, eram analfabetos e fomentaram a corrupção, corromperam fiscais, polícias e funcionários públicos em geral, dessa forma exploravam os trabalhadores sem pagar o que era devido.

Muitos desses portugueses não mudavam de roupa e não tomavam banho, era comum vermos esses pequenos comerciantes quase o ano inteiro com a mesma roupa.

Muitas diferenças notam-se aqui:

É importante compreendermos que Portugal sempre foi um país pobre de recursos, naquela época e nas anteriores, Portugal vivia da agricultura e da pesca e o ouro e riquezas trazidas de África e Brasil não foram investidos para o desenvolvimento do país. Portugal desenvolveu as indústrias de outros países e passou a ser logo um país de consumistas.

Brasil e Portugal

Nos anos a seguir á 1900, havia muita fome e divisão de comida entre as famílias, sobretudo as do Norte de Portugal. O que salvava MUITAS FAMÍLIAS ERA A AGRICULTURA DE SUBSISTÊNCIA.

No Brasil deu-se o inverso: Havia muita fartura e riquezas, em todos os níveis.

Matérias-primas diversas, água potável em abundância, o clima favorável, caça e pesca inesgotável, madeiras de diversos tipos, ouro e etc.

Ou seja os índios nem precisavam plantar uma árvore, uma semente que caísse na terra geminava naturalmente sem qualquer ajuda humana.

Hoje inverteram-se as realidades, os portugueses andaram e andam pelo mundo a fazerem os trabalhos e serviços que os naturais dos países não querem, e dentro de Portugal andam os Africanos, Brasileiros, Russos e naturais dos países de leste e outros a fazerem os serviços e trabalhos que os portugueses não querem.

Brasil e Portugal

Agora há uma questão que incomoda muita gente. Quando o estrangeiro é um pobre coitado que anda trabalhando para se sustentar, até é aceitável, mas quando este estrangeiro começa a mostrar sinais de riqueza, isso já incomoda muita gente.

A realidade é que Brasil e Portugal são parecidos, muda é a forma e a cultura de como as pessoas vêem a vida. Portugal é um país pobre e o Brasil um país grande e rico em recursos naturais.

Já fui gozado no Brasil e em Portugal, já sofri discriminação nos dois lados do OCEANO, e a conclusão que cheguei é que todos os países lusófonos sofrem do mesmo mal.

Corrupção, mal formação, analfabetismo, discriminação e medo do desconhecido, criminalidade e falta de civismo, entre outros.

Nós somos todos iguais e ao mesmo tempo tão diferentes, mais uma coisa é certa: Amamos e sofremos.

Brasil e Portugal

Somos, todos vítimas de injustiças, julgamos e somos julgados e nunca estamos satisfeitos. E enquanto vivermos assim a pensarmos pequeno, nunca chegaremos a lado nenhum. O egoísmo, a disputa, o ressentimento só vai nos aprisionar num passado triste e só.

Se conselho fosse bom, ninguém dava. “Vendia”, mas aqui vai o meu:

Se não estamos bem devemos nos mudar, se o patrão não cumpre as obrigações, cabe a nós mudar, se escolhemos um país para viver e se não somos felizes, cabe a nós mudar. Se andarmos contrariados, não haverá milagre que chegue até nós, cabe a cada um construir a sorte de sua vida e não é a criticar e a se lamentar que este milagre acontecerá. Não podemos esperar que as pessoas mudem, nós é que temos que mudar, dar murros em ponta de faca só nos fará feridas e depois ficamos magoados e mal vistos.

Devemos lembrar que a vida é um eterno aprendizado e que nós seres humanos não somos nenhuns santinhos.

sábado, 20 de fevereiro de 2010

Microcrédito


Nos anos que antecederam a criação do Grameen Bank, entre 1974 a 1976, Yunus começou por colocar em marcha o projecto agrícola experimental da “partilha tripardida”, mas, cedo, ele se apercebe da utopia dessa solução e vira-se para os mais pobres dos pobres. Com seu próprio dinheiro e a ajuda de seus alunos, o professor Yunus iniciou um trabalho de concessão de empréstimos a uma parcela daquela população pobre, concedendo US$27,00 por grupo de pessoas.

Ao provar que os pobres são merecedores de crédito, no sentido de confiança e recursos financeiros, e que pagam seus pequenos empréstimos destinados a actividades reprodutivas, o professor Yunus conseguiu financiamentos e doações junto ao bancos privados e internacionais para criar o Banco Grameen.
Com o passar do tempo, obteve ajuda de bancos e instituições privadas, criando, em 1978, o Grameen Bank e o modelo actual de microcrédito, definido como financiamento aos micros produtores via grupos solidários que prestam garantia mútua, dispensando a garantia tradicional dos bancos.

O crédito é evolutivo, podendo iniciar com US$10,00. Porém, a média de empréstimo é de US$100,00. As mulheres representam 96% dos clientes do Banco. Doze milhões de cidadãos de Bangladesh já foram atendidos pelos programas do Grameen.

O microcrédito diversificou-se, abrindo linhas de crédito à habitação, produtos de poupança, seguros de saúde e crédito para a aquisição de equipamentos de energia solar e telemóveis. Começaram a nascer novas empresas no universo do Grameen Bank, vocacionadas para as pescas, a indústria têxtil, as telecomunicações, as energias renováveis e a internet.
VER:
http://microcredito.wordpress.com class=”textterra”> microcredito.wordpress.com
microcredito.com.pt/