sábado, 14 de junho de 2008

CULTURA. E INFORMAÇÃO.

Futuro das relações económicas Portugal/Brasil pode ser "risonho" "promissor" - Maria João Bustorff

* * * Texto também disponível em audio em www.lusa.pt * * *

Lisboa, 10 Abr. (Lusa) - O futuro das relações económicas entre Portugal e o Brasil pode ser "extremamente risonho e muito promissor", afirmou Maria João Bustorff, presidente da Associação Espírito Santo Cultura, que organiza, hoje e sexta-feira, um colóquio sobre o tema em Lisboa.

Há, no entanto, aspectos que podem "ser aprimorados, como um maior investimento de Portugal no Brasil e do Brasil em Portugal", declarou a ex-ministra da Cultura à agência Lusa, manifestando esperança em que sejam encontradas "soluções práticas expeditas".

O colóquio "1808-2008 e o Futuro das Relações Económicas Portugal/Brasil" insere-se nas comemorações dos duzentos anos da chegada ao Brasil da corte portuguesa, chefiada pelo príncipe regente Dom João, que viria a ser coroado rei Dom João VI.

"Há a ideia de que Portugal ficou órfão porque o seu rei fugiu mas, no Brasil, é feita uma leitura diferente, pois existiam movimentos independentistas brasileiros à data da transferência da corte portuguesa e, se esta não tem ocorrido, hoje o Brasil certamente não seria a nação que conhecemos", defendeu Maria João Bustorff.

"A transferência da corte portuguesa para o Brasil marcou o nascimento da nação brasileira moderna e isto é assumido pelas autoridades do país, nomeadamente pelo presidente Lula da Silva", reiterou.

O colóquio, que se realiza no Hotel Tivoli, vai reunir figuras como Basílio Horta (presidente da Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal - Portugal Global), Henrique Granadeiro (presidente da Portugal Telecom), Ricardo Espírito Santo Salgado (presidente da comissão executiva do Banco Espírito Santo), António Mexia (presidente executivo da EDP) ou Ernâni Rodrigues Lopes (sócio gerente da Sociedade de Avaliação de Empresas e Risco).

Para hoje, estão previstos os painéis "Política Externa e Diplomacia Económica", "Globalização e Interdependências (I)" e "Mundo Empresarial - Desafios da Economia Global (I)", enquanto sexta-feira decorrerão comunicações subordinadas aos temas "Mundo Empresarial - Desafios da Economia Global (II)" e "Globalização e Interdependências (II)".

Maria João Bustorff explicou à agência Lusa que a iniciativa pretende "produzir diálogo entre políticos, académicos e empresários e produzir pensamento contemporâneo" e disse acreditar que "de boas teorias sairão boas práticas".

A responsável salientou também que os dois dias do colóquio constituirão um foro para que as pessoas se encontrem "durante os almoços e as pausas para café", criando-se um ambiente que "favoreça intercâmbios" entre os presentes e, por consequências, entre os países.

Para Outubro está agendado um segundo colóquio, este no Tivoli Eco Resort - Praia do Forte, no estado brasileiro da Baía, onde estarão representantes de diversas instituições do Brasil e oradores portugueses.

O colóquio de Lisboa conta com o alto patrocínio do Presidente da República de Portugal, Aníbal Cavaco Silva, e a presidente da Associação Espírito Santo Cultura espera ter, na iniciativa de Outubro, "o alto patrocínio do presidente Lula da Silva".

HSF.

© 2008 LUSA - Agência de Notícias de Portugal, S.A.
2008-04-10 06:40:02
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Domingo, 15 de Junho 2008

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